Bruno Henrique Pinto nasceu em Belo Horizonte em 30 de dezembro de 1990 e virou sinônimo de decisão no Flamengo. Atacante de 1,84 m, acostumado a atuar como ponta ou segundo atacante, ele construiu uma carreira de impacto com aceleração rara, faro de gol e potência em jogos grandes. Antes de brilhar no Maracanã, porém, sua trajetória passou por atalhos improváveis — um caminho que ajuda a explicar a fome competitiva que o torcedor conhece hoje. Transfermarkt+1
A origem é de futebol de várzea em BH. Sem espaço nas bases de Cruzeiro, Atlético-MG e América-MG, “Bruninho” conciliou estudos e trabalhos informais — inclusive como recepcionista — enquanto jogava em campos de terra. O ponto de virada veio na Copa Itatiaia de 2012, pela equipe amadora Inconfidência, quando foi eleito o craque do torneio; dali, enfim, surgiram portas no futebol profissional. ESPN.com+1
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Profissionalmente, a rota foi em degraus: vínculo com o Cruzeiro (sem jogos oficiais), empréstimos e retorno ao Uberlândia, um período marcante no Itumbiara e a arrancada no Goiás, em 2015, onde chamou a atenção pela velocidade e agressividade atacando espaço. O desempenho o levou ao Wolfsburg, da Alemanha, e depois ao Santos, já com status de atacante de Série A consolidado. Wikipedia
No Santos, viveu altos e baixos — e encarou o episódio mais duro da carreira: uma lesão ocular em 2018 que, segundo o próprio, “quase o deixou cego”. A recuperação foi longa e moldou a mentalidade de sobrevivente que ele exibe até hoje. “Olho para trás e me considero um vencedor”, diria mais tarde, ao receber o Bola de Prata. ESPN.com+1
Em janeiro de 2019, Bruno Henrique chegou ao Flamengo e explodiu. Foi artilheiro do Carioca, emp pilhou clássicos com gols decisivos e terminou o ano como um dos protagonistas do Brasileirão e, sobretudo, da Copa Libertadores: campeão, eleito Melhor Jogador do torneio e peça-chave na arrancada até Lima. Na sequência, marcou na semifinal do Mundial contra o Al Hilal. A temporada de 2019 sedimentou a imagem do “rei dos clássicos” e de atacante talhado para decisões. Wikipedia
O período no Fla também rendeu Seleção Brasileira: em 2019, Tite o convocou para amistosos nos Estados Unidos, coroando a ascensão meteórica de quem saíra da várzea poucos anos antes. Para um atleta que estreou tardiamente em grandes palcos, vestir a Amarelinha funcionou como selo definitivo de nível internacional. Wikipedia
Depois dos picos, vieram curvas: tempos de adaptação, momentos de oscilação física e técnica, e novas retomadas. Em janeiro de 2024, o Flamengo anunciou a renovação de contrato até 2026 — um voto de confiança no impacto esportivo e na liderança do camisa 27. Em abril de 2025, ele alcançou a marca de 300 jogos pelo clube, testemunho de longevidade e relevância num elenco permanentemente pressionado por títulos. Wikipedia
O pacote técnico segue muito atual: arranque curto devastador, leitura para atacar o segundo pau, cabeceio agressivo, diagonais de ruptura e a capacidade de “ligar o turbo” em jogos grandes, onde o ritmo esquenta. Ex-técnicos o definiram como “jogador completo” do lado esquerdo — alguém que muda jogos tanto atacando profundidade quanto finalizando jogadas. Wikipedia
A biografia recente também registra um ponto sensível fora de campo: em 2024/2025, Bruno Henrique foi alvo de investigação por suposta participação em manipulação de apostas, caso ainda em tramitação. A defesa nega envolvimento, e o processo segue seu curso. Por ora, trata-se de um capítulo jurídico que convive com a rotina esportiva e que exigirá veredicto das autoridades competentes. Wikipédia+1
Olhar a história por inteiro — do recepcionista que brilhava na Copa Itatiaia ao MVP da Libertadores — ajuda a entender por que o torcedor rubro-negro se identifica tanto com Bruno Henrique. Ele é, no fundo, a narrativa da superação aplicada ao alto rendimento: um atacante que precisou ganhar cada centímetro de gramado, e que transformou esse caminho pouco ortodoxo em combustível para seguir decisivo no maior palco do país. ESPN.com