Flamengo sem enrolação.

  • Juventude 0 x 2 Flamengo – Brasileirão pela rodada 23.

    Juventude 0 x 2 Flamengo – Brasileirão pela rodada 23.

    Flamengo venceu o Juventude por 2–0 no Alfredo Jaconi, pela 23ª rodada do Brasileirão. Gols de Arrascaeta (32’) e Emerson Royal (87’). Controle territorial do início ao fim. ESPN.com

    A ESPN registra posse de 73,6% para o Flamengo, com 13 finalizações (4 no alvo) contra 6 (1 no alvo) do Juventude — fotografia fiel do jogo. ESPN.com

    Estruturalmente, o Fla atuou no 4-2-3-1, com meias em altura alternada e laterais agressivos para formar superioridade nos corredores. O próprio box score da ESPN lista o desenho tático. ESPN.com

    Ofensivamente, o time construiu por dentro para atrair e acelerar por fora. O 1–0 nasce após sequência de controle e chegada de Arrascaeta à zona de finalização; o 2–0 coroa a amplitude de Royal. ESPN.com

    Defensivamente, a equipe permitiu apenas um chute no alvo e cedeu pouco espaço entrelinhas. Mesmo com 7×6 em escanteios, a área foi bem protegida e Rossi trabalhou pouco. ESPN.com

    A escolha de começar com Allan foi declaradamente estratégica por Filipe Luís: “Minha opção pelo Allan hoje foi estratégica pelo plano de jogo.” ge

    Melhores Momentos

    O treinador também valorizou o nível do elenco: “Foi um nível muito alto de treinamento… é um grupo que quer fazer história.” A consistência vista em Caxias do Sul espelha essa fala. ge

    Sobre gestão de peças, Filipe destacou a forma de Saúl: “Estamos vendo o melhor Saúl… está em um nível altíssimo.” A leitura tática e a entrega física apareceram no controle do meio. ge

    Compromisso no projeto: “Não era o momento… tenho compromisso com esses jogadores e este clube.” O discurso casa com a performance madura em jogo de tabu histórico no Jaconi. ge

    Contexto histórico: a vitória encerra jejum quase 30 anos do Fla no estádio e mantém a liderança com folga — marco simbólico para um time de rotinas e ideias consolidadas. ge

  • “Mengão é Nação” — quando a arquibancada exige lugar no Mundo

    “Mengão é Nação” — quando a arquibancada exige lugar no Mundo

    A música “ONU Mengão é Nação”, de autoria de Leandro Oliveira (Som do Mengão), nasce como um hino de reivindicação cultural, não só um canto de arquibancada. É a trilha sonora de uma tese ousada: a de que o Flamengo excede o futebol e se apresenta como fenômeno sociocultural com ambição de reconhecimento internacional.

    O refrão “Ô ONU, pode escutar” é provocação calculada. Convoca uma instituição global a ouvir a rua brasileira — e, de quebra, transforma burocracia em narrativa popular. É a arquibancada pedindo a palavra no plenário.

    Quando o verso evoca Zico como “Rei” e um “Imperador” para comandar, não é só homenagem: é construção de mitologia. A canção articula heróis, feitos e memória, do Maracanã ao planeta, como quem monta um dossiê afetivo de patrimônio imaterial.

    A cifra “mais de quarenta milhões” funciona como argumento político. Em cultura, volume vira evidência: número não é só estatística, é legitimidade social. Quem ousa ignorar um coro desse tamanho?

    Há também anticorpos na letra. “Se disser não, nada vai mudar” admite que chancela é detalhe diante da prática social. A polêmica é parte do plano: o Flamengo questiona se o selo precisa se curvar ao fato cultural — e não o contrário.

    Musicalmente, a cadência é típica de canto de massa: repetição, slogans, pausas para o grito explodir. É design emocional. A canção foi feita para ser cantada, filmada, viralizada — e, claro, para incomodar quem acha que futebol deve ficar no seu canto.

    O verso “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo” liga presente e tradição. Não é só nostalgia; é rito de passagem entre gerações. Isso, sim, é linguagem de patrimônio: práticas, símbolos, costumes que o tempo consagrou.

    Críticos dirão que há megalomania e marketing. Há mesmo — e daí vem a força. A canção não disfarça ambição; assume que quer palco global para uma identidade que já é global no cotidiano.

    Também há política pública nas entrelinhas. Ao traduzir paixão em demanda por reconhecimento, a música pressiona a gramática oficial do patrimônio a considerar torcidas como comunidades culturais legítimas, com seus rituais, cantos e heróis.

    No fim, “ONU Mengão é Nação” é manifesto. Se a instituição escuta ou não, a canção já cumpriu seu papel: organizou a emoção em tese, fez a tese virar pauta, e recolocou o futebol no centro do debate cultural — onde ele sempre esteve, queiram ou não.

  • “A ONU vai encarar a Nação?” — a cruzada do Flamengo por “patrimônio cultural” divide o país

    “A ONU vai encarar a Nação?” — a cruzada do Flamengo por “patrimônio cultural” divide o país

    O Flamengo não anunciou só uma campanha; anunciou uma ambição: transformar a Nação Rubro-Negra na primeira “Nação simbólico-cultural” reconhecida por um órgão da ONU. A meta foi apresentada em 9 de setembro, com Zico como porta-voz em pronunciamento no Maracanã e um pedido de engajamento por meio de petição oficial — um gesto calculado para ocupar a agenda pública, o noticiário e, claro, os corações da torcida de 45 milhões. O clube fala em validação internacional de um fenômeno que já se manifesta “no Brasil e no mundo”, e convoca a massa a assinar em peso. ge+2Flamengo+2

    Há, porém, um detalhe institucional que torna a iniciativa polêmica por natureza: a ONU, como sistema, não opera um “selo” para torcidas ou marcas esportivas. O reconhecimento formal de “patrimônio cultural” no âmbito das Nações Unidas acontece sobretudo via UNESCO, em listas específicas como Patrimônio Mundial (sítios) e Patrimônio Cultural Imaterial (práticas e expressões culturais) — categorias pensadas para bens culturais, não para clubes de futebol. Ao cravar que busca algo “ainda que em caráter simbólico”, o Flamengo já admite que está fora do trilho clássico dos mecanismos de chancela cultural. Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO+2UNESCO+2

    O contexto doméstico ajuda a entender a ousadia. Em 17 de julho de 2025, o Estado do Rio de Janeiro sancionou a Lei 10.888/2025, declarando o clube “patrimônio histórico, cultural e imaterial” do estado. Ou seja, o Fla chega a setembro com um carimbo político-cultural recente, que dá musculatura simbólica à campanha global — e fornece munição para o discurso de que o clube “ultrapassa o esporte”. É escada perfeita para tentar internacionalizar um reconhecimento que já conseguiu no nível estadual. ge

    Do ponto de vista de posicionamento, a ação é cirúrgica. Veículos do mercado publicitário registraram que a campanha foi criada pela Artplan, com estratégia de conteúdo da Quintal, mirando ampliar a percepção da marca Flamengo como ativo global e dialogar com “cases internacionais” de cultura e esporte. É o Fla consciente de seu tamanho — e usando uma moldura institucional (ONU) para maximizar alcance, imprensa espontânea e, principalmente, orgulho de pertencimento. É provocação com método. propmark

    Os números iniciais contam a seu favor. Em 72 horas, a direção já falava em meio milhão de assinaturas e estabeleceu a meta de 1 milhão, com picos de 3,6 assinaturas por segundo no primeiro dia. Somou ainda 21 milhões de visualizações em sete reels no Instagram e um chat do YouTube com 560 mensagens por minuto no lançamento. É tração que qualquer campanha institucional inveja — e que reforça o objetivo declarado de “tornar visível” a identidade rubro-negra para além das quatro linhas. Poder360

    Mas “simbólico” não significa “inquestionável”. Especialistas de mídia esportiva divergiram em rede nacional: em debate na ESPN, Osvaldo Pascoal chamou a ideia de “sacada de marketing espetacular” e negou qualquer pretensão de “soberania”; André Plihal reagiu com ceticismo — “ser considerado pela ONU uma Nação… ah, não é?” — por enxergar risco de soberba e efeito cascata no futebol. Zé Elias mostrou reserva (“se a moda pega…”), enquanto Zinho, ex-jogador do Fla, apoiou. O saldo: a própria natureza da proposta — entre o lúdico e o institucional — alimenta a controvérsia. Netfla

    A crítica não veio só da cabine de transmissão. Em emissoras regionais, comentaristas como Luiz Gama (Rádio Bandeirantes Goiânia) atacaram a postura do clube, julgando exagerada a tentativa de colar o selo de “Nação” a um trâmite associado a relações internacionais. É a reação esperada quando um clube testa fronteiras do futebol com linguagem de chancela diplomática — e justamente por isso a campanha viraliza: porque provoca. Instagram

    Do lado jurídico-institucional, há outra aresta: a dificuldade de encaixar uma torcida organizada — por maior e mais influente que seja — nas arquiteturas normativas do patrimônio cultural internacional. As listas da UNESCO descrevem processos, critérios e escopos que falam de tradições, saberes, expressões e lugares; não de entidades esportivas. O Flamengo tenta, então, um “atalho” narrativo: em vez de pedir inscrição de um bem cultural (p. ex., um rito, uma música, uma prática), pleiteia o reconhecimento de uma “nação afetiva” — um coletivo difuso, transnacional, cuja a ligação entre seus membros é a paixão. Como tese cultural, é potente; como procedimento, é heterodoxo. Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO

    É aqui que o debate fica bom — e incômodo. Se a ONU (ou algum de seus braços) ao menos acusar o recebimento dessa ideia, abre-se um precedente retórico para outros gigantes globais (de Boca a Real Madrid, de K-pop a Marvel) reivindicarem “nações simbólicas”. Talvez esse seja exatamente o ponto: não obter um selo que não existe, mas gerar uma conversa que só um colosso popular conseguiria provocar. A campanha, nesse sentido, já venceu: pautou imprensa, mobilizou base, tensionou fronteiras entre cultura popular, política e mercado — e expôs o desconforto de quem acha que futebol precisa “ficar no seu lugar”.

    Meu veredito: como política cultural, a ideia é uma performance; como estratégia de marca, é um golaço. O Flamengo costura um arco que vai da lei estadual de patrimônio à evocação de organismos multilaterais, produzindo um “efeito ONU” que legitima — para dentro e para fora — sua condição de fenômeno cultural brasileiro. Se a chancela formal vier? Improvável. Se precisa vir para a campanha cumprir sua promessa? Não. No jogo da cultura, a validação mais poderosa continua sendo a prática social — e, nisso, a Nação já é patrimônio há muito tempo. ge+1

    No fim, resta a pergunta que dá título a este texto: a ONU vai encarar a Nação? Talvez nem precise. O próprio desenho da ação revela que o objetivo não é burocrático, é simbólico: pressionar a gramática do patrimônio a reconhecer que torcidas também são comunidades culturais — com músicas, rituais, mitologias, heróis e um território emocional que atravessa fronteiras. Se a diplomacia não tem formulário para isso, o Flamengo inventou um: uma petição-manifesto com Zico à frente, milhões de cliques atrás e uma discussão que, goste-se ou não, já entrou para o arquivo da cultura popular brasileira.

  • Ceará 1×1 Flamengo — Brasileirão (03/08/2025, Castelão)

    Ceará 1×1 Flamengo — Brasileirão (03/08/2025, Castelão)

    Jogo duro em Fortaleza. Arrascaeta abriu o placar aos 37’, e Pedro Raúl empatou aos 67’. A atmosfera do Castelão é conhecida: calor, pressão e aquele barulho que acompanha até lateral. ESPN.com

    O Ceará armou bem as transições e empurrou o Fla para trás em momentos-chave. Ainda assim, o Rubro-Negro controlou posse (68,6%), distribuiu 14 finalizações e teve volume para matar o jogo antes do empate. Faltou a faísca final. ESPN.com

    Escalação do Flamengo (de acordo com UOL e complementos da transmissão): Rossi; Emerson Royal (Varela), Léo Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro; Jorginho (Allan), Evertton Araújo; Arrascaeta (Saúl), Gonzalo Plata (Victor Hugo), Samuel Lino (Juninho); Bruno Henrique. Um Fla mais móvel, com Arrasca alternando condução curta e passes para atacar as costas. UOL

    Melhores Momentos

    A partida oscilou: quando o Fla parecia pronto para o 0–2, o Ceará encontrou o gol em lance típico do Castelão — cruzamento venenoso e definição de centroavante. Daí em diante, controle, mas sem a punhalada final.

    Ironia saudável: o gramado estava tão “esticado” que parecia que alguém pegou uma cama elástica e montou no meio-campo. Cada passe vinha com bônus de suspense.

    Empate aceitável pelas circunstâncias, mas com gosto de “podia ser melhor”. Em pontos corridos, o triste é que toda meia-chance perdida vira cobrança na planilha e atrapalha o planejamento.

  • Flamengo 2×1 Mirassol -Brasileirão (09/08/2025, Maracanã)

    Flamengo 2×1 Mirassol -Brasileirão (09/08/2025, Maracanã)

    Partida com roteiro de equilibrista. Léo Pereira abriu o placar aos 19’, Plata ampliou aos 68’, e o Mirassol encurtou com Gabriel aos 73’. Daí até o fim, o Flamengo dançou aquele forró de segurar vantagem sem perder a cadência. ESPN.com

    A equipe iniciou no 4-2-3-1: Rossi; Alex Sandro, Léo Pereira, Léo Ortiz, Emerson Royal; Allan, Evertton Araújo; Samuel Lino, Arrascaeta, Gonzalo Plata; Pedro. Opções como Bruno Henrique, Saúl e Ayrton Lucas entraram na rotação ao longo do jogo. ESPN.com

    A estatística explica o sufoco controlado: 24 chutes do Fla (8 no alvo) contra 13 do Mirassol; posse mais equilibrada (48,5% x 51,5%). Jogo de paciência, menos brilhante e mais competitivo. ESPN.com

    Melhores Momentos

    Arrascaeta foi o ponto de gravidade; Lino, a flecha pela esquerda; e Plata, o ponteiro que corre para frente do relógio. Quando o Mirassol achou seu gol, Rossi tratou de fechar a casa.

    Ironia saudável: o árbitro deu 5’ de acréscimo, mas a sensação foi de 15’. É o famoso “tempo de micro-ondas”: um minuto que dura três. ESPN.com

    Valeram os três pontos e o recado: ganhar sem espetáculo também conta — principalmente em agosto, quando as pernas lembram que o calendário é brasileiro.

  • Internacional 1×3 Flamengo — Brasileirão (17/08/2025, Beira-Rio)

    Internacional 1×3 Flamengo — Brasileirão (17/08/2025, Beira-Rio)

    Jogo fora de casa, clima de Libertadores em véspera de decisão, e o Flamengo tratou de baixar a ansiedade com dois tapas de Pedro (7’ e 12’). No segundo tempo, Gonzalo Plata ampliou aos 62’, e Borré descontou nos acréscimos (90’+2). Placar adulto, atuação madura. ESPN.com

    O cenário: Beira-Rio cheio, 23.224 presentes, e um Flamengo que soube esfriar o ambiente cedo. Quando a arquibancada colorada respirou, já era 0–2 e relógio correndo a favor. ESPN.com

    Nos números, controle rubro-negro: 58,2% de posse e 16 finalizações totais. O Inter martelou bolas na área na reta final, mas encontrou Rossi em noite de “pare e pense antes”. ESPN.com

    Escalação base do Fla (4-2-3-1), conforme a cobertura do dia: Rossi; Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira, Alex Sandro; Jorginho, Saúl/Allan; Arrascaeta; Lino, Luiz Araújo/Plata; Pedro. (A imprensa local noticiou Saúl titular; outras listas trouxeram Allan e Á. Sandro como opções — o time variou peças na sequência de jogos.) UOL+1

    A execução, porém, foi clara: Arrascaeta costurando por dentro, Lino e Plata atacando vazio, e Pedro calibrado como despertador de segunda-feira. Quando o Inter adiantou linhas, o Fla respondeu com transições de manual.

    Melhores Momentos

    Ironia saudável do dia: o Inter escalou “Vitinho” e “Wesley”; o Flamengo respondeu com “Plata” — e, no fim, quem ficou rico foi o placar rubro-negro.

    Vitória de candidato: três pontos, mensagem passada e moral alta para a maratona.

  • Flamengo 8×0 Vitória — Brasileirão (25/08/2025, Maracanã)

    Flamengo 8×0 Vitória — Brasileirão (25/08/2025, Maracanã)

    Foi daqueles jogos que a torcida pede para a direção deixar gravado. O Flamengo atropelou o Vitória por 8–0: Samuel Lino (2’ e 50’), Pedro (3’, 47’ e 59’), Arrascaeta (34’), Luiz Araújo (54’) e Bruno Henrique, de pênalti (81’). Placar de videogame, com controle no modo “lenda”. ESPN.com

    8×0 no modo história: Flamengo passeia e até o VAR tira folga.

    Os números ajudam a entender: 72,5% de posse, 20 chutes (11 no alvo) e pressão desde o apito inicial. O Vitória tentou respirar, mas a tampa do Maracanã parecia abaixada. ESPN.com

    Escalação inicial do Fla (4-2-3-1): Rossi; Alex Sandro, Léo Pereira, Léo Ortiz, Varela; Saúl Ñíguez, Jorginho; Samuel Lino, Arrascaeta, Gonzalo Plata; Pedro. No banco, munição pesada para todas as fases do jogo — inclusive Bruno Henrique e Luiz Araújo, que entraram e deixaram assinatura. ESPN.com

    Samuel Lino foi o velocista de sempre, com GPS apontado para a linha de fundo. Arrascaeta regeu como maestro em noite de gala, e Pedro fez o que Pedro faz: três toques, três facadas. A zaga? Assistiu de longe, porque boa parte do jogo foi na metade ofensiva.

    Melhores Momentos

    Se toda goleada ensina algo, esta ensina parcimônia: dá para fazer oito, mas não precisa tentar nove com letra na pequena área (a arquibancada agradece, ainda que topasse). ESPN.com

    Ironia saudável: quando o estádio começa a contar “um, dois, três…”, o VAR deveria ganhar bônus por economia de tempo. Hoje, nem ele quis alongar a sessão.

    Liderança preservada, saldo vitaminado e confiança lá em cima. É o tipo de vitória que alimenta duas tabelas: a do campeonato e a da autoestima.

  • Flamengo 1×1 Grêmio — Brasileirão – 31/08/2025, Maracanã

    Flamengo 1×1 Grêmio — Brasileirão – 31/08/2025, Maracanã

    O Flamengo martelou, cruzou, finalizou, empurrou o Grêmio para dentro da área… e saiu com um empate. O roteiro foi daqueles que fazem o torcedor olhar o relógio e pensar “tem pegadinha?”. Gol de Arrascaeta aos 53’, resposta gaúcha aos 85’ — e detalhe: de pênalti batido pelo goleiro Tiago Volpi, para coroar o dia das inversões. ESPN.com

    Foram 66,9% de posse, 21 finalizações e 13 escanteios a favor do Fla. Se escanteio valesse meio gol, o placar virava goleada. Mas o futebol segue teimoso e só computa bola na rede — e nisso o Grêmio encontrou a sua, em cobrança fria do camisa 1. ESPN.com

    O time de Filipe Luís foi a campo no 4-2-3-1: Rossi; Ayrton Lucas, Léo Pereira, Léo Ortiz, Varela; Saúl Ñíguez, Nicolás de la Cruz; Samuel Lino, Arrascaeta, Gonzalo Plata; Pedro. Banco com Bruno Henrique, Emerson, Allan e cia. Organização teve, volume teve; o problema foi o gol que não veio na hora certa. ESPN.com

    Arrascaeta flutuou entre linhas como se fosse dono do gramado, Lino abriu autódromo na esquerda e Pedro prendeu os zagueiros. Faltou só aquela casquinha mais caprichada na pequena área — e talvez combinar com a trave de ser mais simpática.

    Melhores Momentos

    Os números mostram um jogo de um time só na maior parte do tempo. O Maracanã cantou, empurrou, fez sua parte. O rival, por sua vez, se abrigou e esperou o erro. Achou um pênalti no fim, daqueles que fazem todo mundo suspirar fundo. ESPN.com

    Ironia do dia? O Flamengo finalizou seis vezes no alvo; o Grêmio, uma — a do goleiro. Às vezes, o roteiro parece escrito por roteirista de stand-up.