Flamengo sem enrolação.

  • Flamengo e Racing: o que esperar?

    Flamengo e Racing: o que esperar?

    O clima na capital carioca é de expectativa máxima: o Clube de Regatas do Flamengo entra em campo nesta quarta-feira para o confronto decisivo da semifinal da Copa Libertadores da América 2025 contra o Racing Club, da Argentina. O palco será o Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã, às 21h30 (horário de Brasília) — e todo o ambiente rubro-negro está tomado por um misto de nervosismo, confiança e vontade de escrever mais um capítulo vitorioso. 365 Scores+2Flamengo+2

    Depois de uma sequência que começou com turbulências, o Flamengo reagiu nas vésperas do grande duelo. A equipe se reapresentou com foco total no adversário argentino e na missão de vencer em casa para entrar com vantagem para a volta. A diretoria já deixou claro que vencer em casa é quase obrigação para o cenário que se desenha. Flamengo

    Do lado técnico, o treinador Filipe Luís sabe que o momento exige entrega máxima: a torcida rubro-negra, ainda assombrada por eliminação precoces, pede mais do que nunca. A mídia argentina, por sua vez, já define o Flamengo como “o adversário a ser batido”, reconhecendo sua força ofensiva e profundidade de elenco. A cobertura sul‐americana enfatiza que o Racing não pode entrar com medo — precisa atacar para ter chance.

    Na imprensa argentina, o tom é de respeito combinado com cautela. O Flamengo aparece como favorito natural, mas há ênfase também no “espírito de revanche” do Racing: um clube tradicional que busca voltar ao topo continental. O Flamengo é visto como o “bicho-papão”, mas também como adversário que pode ser batido se o Racing entrar com determinação e estratégia.

    Dentro de campo, o Flamengo aposta em sua torcida, o mando de campo e a ambientação no Maracanã para impor ritmo desde o primeiro minuto. O fato de que todos os ingressos foram esgotados reforça a força do ambiente rubro-negro: será noite de estádio cheio, cânticos, pressão ao adversário e oportunidade para o clube fazer valer o fator casa. Threads+1

    Para o Racing, a viagem ao Brasil representa algo além de uma tarefa técnica: é uma prova de caráter. A mídia argentina destaca que se a equipe entrar recuada ou medrosa, a eliminação será quase certa — enfrentar o Flamengo em casa exige coragem, planejamento, adaptação ao ritmo intenso do adversário e uma leitura muito precisa dos momentos do jogo.

    No Flamengo, atenção especial aos jogadores pendurados e à condição física de titulares. A edição mais recente anuncia que há atletas vetados ou com risco de não atuar — o clube monitora isso com afinco para não perder peças-chave justamente agora. Rádio Itatiaia+1

    O duelo não é apenas tático, é psicológico. A mídia argentina observa cada movimento do Flamengo: cobranças, escalações, trocas, ambiente interno. E para o torcedor rubro-negro, esta é a chance de provar — mais uma vez — que o clube está à altura da Libertadores, que pode suportar a pressão e jogar com personalidade nessas fases decisivas.

    Para o blog, fica a certeza de que este Flamengo não está apenas jogando por mais uma classificação: está jogando pela honra, pela torcida, pela história. A semifinal contra o Racing é um dos momentos que definem temporadas, criam memórias e constroem legados.

    Ficha técnica:
    Competição: Copa Libertadores da América 2025 – Semifinal (Jogo de ida)
    Data: Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
    Horário: 21h30 (horário de Brasília) 365 Scores+1
    Local: Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil 365 Scores+1
    Confronto: Flamengo (Brasil) vs Racing Club (Argentina)
    Próxima etapa: Jogo de volta marcado para 29 de outubro de 2025 na Argentina. Flamengo+1

  • Flamengo e Palmeiras: qual vale mais?

    Flamengo e Palmeiras: qual vale mais?

    O duelo de Flamengo e Palmeiras tem ganhado contornos financeiros cada vez mais evidentes. Recentemente, fontes como o portal 365Scores informaram que o elenco do Palmeiras está avaliado em cerca de € 212,15 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) enquanto o do Flamengo aparece com cerca de € 195,90 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) na mesma base de avaliação. 365scores.com No entanto, outra reportagem da Torcedores.com, publicada em outubro de 2025, afirma que o Flamengo “ultrapassa a marca de 200 milhões de euros” e aparece com valor superior ao do Palmeiras (que estaria em torno de € 180 milhões) nessa disputa particular. Torcedores | Notícias esportivas

    Esse aparente paradoxo – onde há fontes que colocam o Palmeiras à frente e outras o Flamengo – pode ser explicado pelas diferentes metodologias e datas de corte. Mesmo assim, o Flamengo ganha destaque por outro tipo de métrica: num artigo do O Tempo de 18 outubro de 2025, o Flamengo leva vantagem sobre o Palmeiras em “seleção dos jogadores mais valiosos” (11 titulares hipotéticos) cuja soma ultrapassa R$ 1 bilhão. otempo.com.br Ou seja, tecnicamente, o Flamengo demonstra ter mais “torneira” individual por posição, o que eleva sua qualidade global.

    Em termos de contratações e poder de mercado, o Flamengo também se destaca. Um levantamento da ESPN de 1 ago de 2025 mostra que o clube rubro-negro fechou a contratação de Emerson Royal por 9 milhões de euros (≈ R$ 58,5 milhões) em parcelas, e ainda reforçou com nomes de peso. ESPN.com Isso demonstra ambição e capacidade de investimento imediato, algo que dá ao Flamengo uma vantagem de proposta frente ao Palmeiras.

    O Palmeiras, por sua vez, também investiu bastante — por exemplo, o presidente do clube declarou que o Verdão investiu cerca de R$ 700 milhões em 12 contratações em 2025. ESPN.com Mas o volume de investimento não necessariamente se traduz em “melhor elenco imediato”; o Flamengo parece extrair mais valor em relação à performance individual e ao impacto de cada jogador contratado.

    Voltando à comparação de valor de mercado: segundo o site Transfermarkt, o elenco do Flamengo está avaliado em aproximadamente € 195,90 milhões para 2025. transfermarkt.pt Enquanto isso, o Palmeiras — em levantamento do ThePlayoffs publicado em meados de 2025 — aparece com valuation de cerca de € 238,75 milhões para a Série A 2025. The Playoffs Esse dado favorece o Palmeiras nessa métrica, o que exige que a análise seja mais qualitativa: ter valor de mercado é bom, mas o uso e a profundidade do elenco pesam.

    No aspecto de profundidade e versatilidade do elenco, o Flamengo se destaca. A menção de “seleção dos jogadores mais valiosos” em que o Flamengo leva vantagem por ter mais atletas de elite por posição (segundo O Tempo) indica que, mesmo que o valor total possa estar enquadrado como ligeiramente inferior, a distribuição de talento é mais uniforme no Flamengo. Isso sugere que o clube não depende tanto de uma ou duas estrelas, mas tem várias peças qualificada para manter nível elevado.

    Outro ponto que favorece o Flamengo é a combinação entre experiência, competitividade e presença em decisões. Embora não tenhamos uma métrica exata para “experiência internacional” comparada, a narrativa corrente é de que o Flamengo tem mantido atletas com bagagem internacional, enquanto o Palmeiras aposta mais em jovens valorizáveis (o que é ótimo para futuro, mas talvez inferior no “pronto para decidir agora”). Isso significa que em jogos decisivos, o Flamengo pode ter leve vantagem.

    Ainda que o Palmeiras tenha o valor de mercado mais alto em algumas estimativas, isso não significa que toda a qualidade esteja plenamente aproveitada. O Flamengo, ao investir em nomes mais “fechados” ou com experiência comprovada, tende a ter retorno imediato. Essa estratégia pode dar ao Flamengo “melhor elenco” para o momento presente — ao passo que o Palmeiras também mira longe, mas talvez com mais peças ainda em projeção.

    Na prática, para o torcedor, “melhor elenco” pode significar: menores oscilações, mais opções de qualidade, maior capacidade de substituir sem queda de desempenho e mais jogadores decisivos individualmente. Sob essa ótica, o Flamengo mostra sinais de vantagem: via seleção de jogadores de alto valor por posição, via contratações robustas recentes e via consistência em manter competitividade elevada.

    Embora o Palmeiras detenha em algumas avaliações o “valor de elenco mais alto” na Série A para 2025, o Flamengo mostra-se melhor equilibrado, com maior presença de jogadores valorizados por posição, contratações de impacto, experiência e profundidade. Portanto, em termos de “quem tem o elenco melhor para hoje”, argumentos sólidos indicam que o Flamengo leva vantagem sobre o Palmeiras.

  • Flamengo e Palmeiras travam duelo de no topo da tabela

    Flamengo e Palmeiras travam duelo de no topo da tabela

    Neste domingo, 19 de outubro de 2025, às 16h (horário de Brasília), no Maracanã, Flamengo e Palmeiras se enfrentam pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A, num confronto que já carrega peso de decisão antecipada. VEJA+3ge+3CNN Brasil+3

    Data: 19 de outubro de 2025 (domingo) ge+1

    Horário: 16 h (horário de Brasília) O Dia+1

    Local: Maracanã, Rio de Janeiro-RJ lance.com.br+1

    Árbitro principal: Wilton Pereira Sampaio (GO) O Dia+1

    Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Bruno Boschilia (PR) O Dia

    VAR: Caio Max Augusto Vieira (GO) lance.com.br+1

    Transmissão: TV Globo, Premiere e getv O Dia+1

    Prováveis escalações:

    • Flamengo (técnico Filipe Luís): Rossi; Emerson Royal (ou Varela), Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta; Luiz Araújo (ou Carrascal), Pedro e Samuel Lino. ge+1
    • Palmeiras (técnico Abel Ferreira): Carlos Miguel (ou Marcelo Lomba); Giay (ou Khellven), Gustavo Gómez, Murilo (ou Fuchs) e Piquerez; Aníbal Moreno, Andreas Pereira, Felipe Anderson e Raphael Veiga (ou Maurício); Flaco López e Vitor Roque. ge+1

    Desfalques importantes:

    • Palmeiras: Weverton (fissura no dedo da mão). ge
    • Flamengo: Cebolinha (lesão no quadril). O Dia

    A importancia desse duelo vai além dos três pontos tradicionais: as duas equipes ocupam as primeiras posições da tabela e travam uma disputa direta tanto pelo título quanto pelas estatísticas de desempenho da competição. ge+1

    O Flamengo, diante de sua torcida, entra com uma vantagem de mando de campo: jogar no Maracanã diante de sua torcida é sempre fator extra. Já o Palmeiras, visitante, busca mostrar solidez e maturidade para lidar com esse tipo de pressão. A ambiência promete ser intensa.

    Em termos de escalação e desfalques, o Palmeiras sofre um golpe importante: o goleiro Weverton está fora por conta de uma fissura na mão. ESPN.com Esse tipo de ausência num momento tão decisivo pode pesar. Para o Flamengo, embora não se tenha todos os desfalques confirmados, o técnico precisa garantir comprometimento e foco dos jogadores para esse jogo-marco.

    Taticamente, o Flamengo costuma explorar o ataque e o mando de campo, enquanto o Palmeiras aposta na consistência defensiva e nas transições ofensivas. O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, já declarou a importância de manter a calma e aproveitar os momentos decisivos. Do lado do Flamengo, sob o comando de Filipe Luís, espera-se uma postura mais agressiva desde o começo. ge

    O contexto emocional do jogo é enorme: chamar este duelo de “final antecipada” não é exagero, visto que a vitória aqui pode definir rumos para o restante da temporada para ambas as equipes. CNN Brasil A pressão aumenta, e quem se mantiver mais equilibrado emocionalmente tende a sair em vantagem.

    Fora do campo, as tensões entre os clubes também se fazem notar — seja em questões de bastidores, mídia ou declarações públicas. Esse tipo de ambiente pode aumentar ainda mais a carga de responsabilidade sobre os jogadores, o que exige preparo tanto técnico quanto psicológico.

    O resultado desta partida pode ter efeitos concretos: se o Palmeiras vencer, poderá abrir uma vantagem confortável na briga pelo título; se o Flamengo vencer, encurtaria a diferença e colocaria o rival sob pressão. Mesmo o empate assume peso, pois mantém viva a disputa para ambas as partes.

    Um dos grandes fatores de decisão será o aproveitamento das oportunidades: em jogos equilibrados como este, quem concretiza chances, quem não erra no momento decisivo, e quem mantém o controle emocional tende a levar vantagem. Além disso, a atuação dos goleiros, especialmente no Palmeiras sem Weverton, e o apoio da torcida do Flamengo no Maracanã podem ser pontos-chave.

    Flamengo e Palmeiras protagonizam hoje um duelo com tudo em jogo: liderança, prestígio, mando de campo, pressão, rivalidade. Para o torcedor, é mais do que um jogo de 90 minutos; para as equipes, pode ser um divisor de águas na temporada. Vamos acompanhar como os momentos se desenrolarão, quem tomará a iniciativa, e quem suportará melhor o peso desse “grande momento”.

  • Flamengo perde o brilho sem Pedro e busca nova identidade

    Flamengo perde o brilho sem Pedro e busca nova identidade

    O Flamengo vive um momento de questionamento tático e queda de desempenho desde que perdeu Pedro, seu principal centroavante, por lesão. O camisa 9, referência técnica e emocional do elenco, vinha sendo decisivo em gols e movimentações ofensivas, mas sua ausência revelou um desequilíbrio preocupante no sistema montado por Filipe Luís. A produção ofensiva caiu quase 40% nas últimas quatro partidas, segundo levantamento interno do clube.

    Desde a saída de Pedro, o Flamengo passou a marcar menos e a depender excessivamente de jogadas individuais de Arrascaeta e Everton Cebolinha. As triangulações rápidas e infiltrações, marca registrada da equipe, tornaram-se previsíveis, com o time apresentando mais posse de bola estéril do que efetividade no terço final. O problema é que o estilo do Flamengo foi moldado em torno de Pedro — um jogador que segura zagueiros, abre espaços e decide em um toque.

    Pedro sofreu uma lesão muscular na coxa direita durante a partida contra o Estudiantes pela Libertadores. O departamento médico diagnosticou uma pequena ruptura fibrilar que exigiu tratamento intensivo e afastamento de cerca de três semanas. Apesar de já estar em fase de transição no Ninho do Urubu, o centroavante ainda não reúne condições ideais de jogo, e o clube optou por não forçar sua volta antes do clássico contra o Botafogo.

    Sem ele, Filipe Luís precisou reinventar o ataque. Tentou Gabigol centralizado, mas o ex-titular do time ainda não reencontrou a forma ideal e teve dificuldade de cumprir a função de pivô. Luiz Araújo e Bruno Henrique chegaram a revezar como falsos 9, com movimentação constante para abrir defesas, mas o resultado foi um ataque que até produz volume, mas finaliza pouco e com baixa precisão.

    A falta de Pedro também afeta o emocional do elenco. Jogadores como Arrascaeta e Gerson, que têm ótima leitura de espaço e costume de buscar o centroavante para tabelas, perderam o “alvo” ideal dentro da área. Isso fez o time recuar linhas e circular a bola com mais cautela, tirando o ritmo vertical que tanto assustava os adversários. Na prática, o Flamengo ficou mais previsível e menos letal.

    Outro reflexo claro está nas bolas paradas. Pedro é um dos jogadores mais perigosos do elenco no jogo aéreo, tanto ofensiva quanto defensivamente. Sem ele, o aproveitamento de escanteios e cruzamentos caiu drasticamente. Filipe Luís chegou a admitir em coletiva que a equipe “precisa aprender a atacar de outras maneiras”, reconhecendo que o time ficou dependente demais da presença do camisa 9.

    Nos bastidores, o clima é de confiança no retorno do artilheiro, mas com cobrança para que o treinador encontre alternativas. Testes com Matheus Gonçalves e Lorran como atacantes móveis não surtiram o efeito esperado. O jovem Lorran, inclusive, foi elogiado por movimentação e ousadia, mas ainda mostra imaturidade tática. A ausência de um substituto natural para Pedro expõe um erro de planejamento no elenco rubro-negro.

    Enquanto isso, Filipe Luís tenta ajustar o posicionamento de Bruno Henrique e Everton Cebolinha para gerar mais diagonais e chutes de média distância. O treinador tem trabalhado variações com dois pontas abertos e um meia infiltrando como “falso centroavante”, algo inspirado em modelos europeus. A ideia é dar mais fluidez e reduzir a previsibilidade, mas a execução ainda não convenceu.

    O torcedor, acostumado a ver o Flamengo empilhando gols, sente a diferença. Em redes sociais e nos estádios, as críticas giram em torno da lentidão e da falta de objetividade. Parte da torcida entende que o problema é momentâneo, enquanto outros cobram reforços para o setor ofensivo já pensando em 2026. A diretoria, por ora, mantém confiança no elenco e no retorno breve de Pedro como solução natural.

    A volta do artilheiro é esperada para o fim de outubro, e internamente o Flamengo projeta que, com ele recuperado, o time volte a seu padrão de intensidade e eficiência. Até lá, Filipe Luís precisa provar que é capaz de vencer sem depender de seu principal goleador. O desafio não é apenas tático, mas simbólico: mostrar que o Flamengo tem identidade coletiva suficiente para resistir à ausência do seu camisa 9.

  • Flamengo e Botafogo com Filipe Luís sob pressão

    Flamengo e Botafogo com Filipe Luís sob pressão

    O clássico carioca entre Botafogo x Flamengo, marcado para 15 de outubro pela rodada 28 do Campeonato Brasileiro 2025, já tem contornos dramáticos para o rubro-negro. lance.com.br+1 Esse tipo de confronto sempre carrega peso extra — rivalidade local, torcida fervorosa, e consequências diretas na tabela — e agora vem com um cenário tenso no Flamengo, com expectativas altas e poucos tolerância ao tropeço.

    O Botafogo também chega motivado. Embora não viva um momento impecável, o elenco alvinegro tem tido rendimentos consistentes e, em clássicos, tende a crescer. Para o Flamengo, será essencial não conceder espaço e assumir a postura dominante, especialmente longe de casa.

    CompetiçãoCampeonato Brasileiro Série A 2025
    RodadaRodada 28
    Data15 de outubro de 2025
    Horário19h30 (horário local, RJ) (botafogo.com.br)
    LocalEstádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (botafogo.com.br)
    Abertura dos portões17h30 (botafogo.com.br)
    Setores operandoNorte, Leste Superior, Leste Inferior, Oeste Inferior; Sul reservado à torcida do Flamengo (botafogo.com.br)
    Situação na tabelaFlamengo aparece como um dos líderes da competição; Botafogo não está distante, buscando embalar no Campeonato (sofascore.com)
    Histórico recenteNo clássico deste ano, Flamengo e Botafogo empataram por 0x0 no Campeonato Brasileiro (ge)
    Clima de expectativaAlta pressão para o Flamengo — especialmente para o técnico Filipe Luís — pois resultados inconstantes intensificaram os holofotes sobre sua liderança

    Para Filipe Luís, técnico do Flamengo, a partida se tornou uma espécie de litmus test — um termômetro sobre sua continuidade e aceitação no cargo. Em recente declaração, ele afirmou que “vive muito bem nesse caos”, dizendo que trabalhar no Flamengo exige conviver com pressão constante. lance.com.br Mas esse discurso, por si só, já revela quanto a tensão interna é real.

    A derrota recente por 1 a 0 para o Bahia, que fez o Flamengo perder a liderança do Brasileirão, deixou a cúpula e a torcida inquietas. lance.com.br Se já existiam expectativas elevadas, essas cobranças se intensificaram — e não apenas pelos resultados, mas também pelo desempenho apagado em momentos-chave.

    Num clássico, tradições e emoções têm peso. Jogadores de Flamengo já relataram que a exigência e crítica são tão velozes quanto generosas nas glórias. Nesse clima, Filipe Luís precisará administrar não só o lado tático, mas também o emocional do elenco, evitando que a ansiedade se reflita em falhas ou apagões.

    Uma das chaves para o jogo será o controle no meio-campo, para que Botafogo não dite o ritmo nem explore espaços. Flamengo deverá apostar em transições rápidas e eficiência ofensiva para furar a defesa adversária — especialmente em momentos de descontrole emocional do rival. Mas isso exige concentração e preparo psicológico.

    Outro ponto: a torcida. Em clássicos, o fator casa (ou torcida visitante barulhenta) muitas vezes inflama o jogo. Ainda que o Flamengo vá a campo como visitante, seu público costuma comparecer e exercer pressão externa. Filipe Luís terá de blindar o time contra essa pressão — pois, em clássicos, um lance isolado define o caminho.

    Internamente, mensagens de apoio, cobranças e expectativas já circulam nos bastidores. Comentários em redes sociais, mídia esportiva e analistas já apontam que o treinador “nunca teve tanta pressão” neste momento. Instagram+4YouTube+4Instagram+4 O clima de incerteza paira, sobretudo porque treinos, escalações e postura em campo serão interpretados com lupa.

    Para Filipe Luís, não basta apenas sobreviver ao clássico — precisa mostrar que seu modelo funciona, que o time responde, e que ele é capaz de conduzir o Flamengo nos momentos mais delicados. Uma derrota inesperada ou apagão tático pode acelerar críticas, minar a confiança do elenco e até reavivar especulações sobre substituições no comando técnico.

    Por fim, o Flamengo entra em campo sabendo que muito mais está em jogo do que os três pontos: reputação, estabilidade política interna e pressão acumulada. Esse duelo com o Botafogo será uma espécie de ponto de virada para o time e para Filipe Luís — uma prova de fogo para quem hoje segura o manto sagrado. Se vencer com autoridade, repara; se vacilar, poderá agravar críticas.

  • Wallace Yan: perdendo a cabeça em poucos minutos

    Wallace Yan: perdendo a cabeça em poucos minutos

    Wallace Yan de Souza Barreto nasceu em 8 de fevereiro de 2005, na cidade do Rio de Janeiro. Desde muito jovem, enfrentou dificuldades comuns a muitos garotos de origem humilde: falta de infraestrutura, poucos recursos e um sonho de criança que parecia distante: jogar futebol. Mesmo assim, o talento e o ímpeto o levaram longe — e o Flamengo confiou nesse potencial. Wikipédia+3ge+3Trivela+3

    Sua trajetória de formação profissional começou longe dos holofotes cariocas. Wallace Yan foi revelado nas categorias de base da Ferroviária, clube do interior paulista, onde teve a chance de amadurecer sem tanta pressão imediata. Lá, demonstrou habilidade, versatilidade e capacidade de adaptação, o que acabou despertando o interesse de grandes clubes. tribuna.com+3Trivela+3Wikipedia+3

    Em junho de 2022, veio uma virada decisiva: Wallace Yan foi emprestado ao Flamengo, já com vistas ao aproveitamento em categorias de base. Esse movimento representou para ele a chance de ingressar no clube de seu coração — e foi bem-sucedido. Com boas atuações nas categorias de base, o Flamengo acabou adquirindo seus direitos em definitivo em fevereiro de 2023. ge+3Wikipedia+3Wikipédia+3

    Nas categorias de base do Flamengo, Wallace se destacou com brilho: no sub-20, foi figura central na conquista da Copa Libertadores Sub-20 em 2024, sendo inclusive o artilheiro da competição; também ajudou o time rubro-negro a conquistar a Copa Intercontinental Sub-20 no mesmo ano. Essas conquistas consolidaram sua reputação como uma das jovens promessas da base flamenguista. ge+3Wikipedia+3Wikipédia+3

    Sua estreia no time principal ocorreu em 27 de janeiro de 2024, no Campeonato Carioca, entrando como substituto em empate diante da Portuguesa-RJ. Já seu primeiro jogo em Série A veio somente em 22 de setembro daquele ano, ainda de forma esporádica e em momentos em que o treinador optou por renovar o elenco titular. ESPN.com+4Wikipedia+4Wikipédia+4

    O ponto alto até aqui na carreira de Wallace Yan chegou no âmbito internacional: na Copa do Mundo de Clubes de 2025, marcou o terceiro gol do Flamengo contra o Chelsea, na vitória por 3×1, tornando-se símbolo da ascensão inesperada da base. O gol estampou reportagem em veículos nacionais, mostrando que o garoto era mais do que promessa — começava a influenciar decisões em jogos de peso. Wikipédia+3ge+3CNN Brasil+3

    No entanto, nem tudo no percurso de Wallace Yan tem sido linear. Nos últimos meses, o jovem atacante vem sofrendo com episódios de indisciplina e falta de contensão emocional. Em uma partida contra o Bahia, em outubro de 2025, ele voltou a ser escalado após um mês de inatividade, entrou aos 22 minutos do segundo tempo e, em apenas dez minutos, recebeu dois cartões amarelos — o primeiro por reclamação, o segundo por uma entrada – e foi expulso. ge+1

    A expulsão reacendeu debates internos no clube. Parte da crítica aponta que Wallace Yan “passa do ponto” em suas reações, e que essas oscilações emocionais estão reduzindo suas oportunidades de jogo. Desde agosto e setembro, ele participou de apenas quatro partidas — nenhuma como titular — em meio à chegada de reforços como Samuel Lino e Carrascal, que caíram rapidamente nas graças da comissão técnica. ge+3ge+3Wikipedia+3

    O técnico Filipe Luís, que já o orientou no sub-20, admitiu que o jovem é “muito importante” e reconheceu que cometeu “erro grave” no episódio contra o Bahia, mas também defendeu que aspectos mentais sejam trabalhados com atenção. Ao mesmo tempo, o ambiente parece menos favorável: o espaço para Wallace tem se estreitado, e a confiança depositada nele em períodos anteriores parece estar sendo testada. ge+2ge+2

    Assim, a história recente de Wallace Yan no Flamengo guarda um contraste intenso: de ascensão meteórica e gols decisivos a momentos de questionamento e risco de apagamento. Resta saber se ele será capaz de retomar protagonismo com equilíbrio — ou se seu brilho cedo demais trará consequências irreversíveis.

  • Flamengo x Racing: como se preparar para o jogo

    Flamengo x Racing: como se preparar para o jogo

    Às vésperas de um confronto entre Flamengo e Racing Club, todo detalhe importa. Tanto do lado brasileiro quanto do argentino, as diferenças de estilo, plantel e filosofia técnica se tornam alvos de análise para quem quer prever como será a partida — e como o Flamengo pode explorar suas vantagens ou minimizar seus pontos fracos.

    No Flamengo, o elenco é amplo, misturando nomes experientes e jovens revelações. Segundo o levantamento do Transfermarkt, o valor de mercado do grupo chega a cerca de € 221,30 milhões, com média etária em torno de 27,6 anos e cerca de 10 atletas estrangeiros no elenco. Transfermarkt Além disso, para o Mundial de Clubes, o Flamengo escalou um elenco reforçado, com goleiros como Agustín Rossi, Matheus Cunha, Dyogo Alves entre outros, e opções diversificadas no meio campo ofensivo e defensivo. CNN Brasil+1

    Já o Racing Club, da Argentina, possui perfil diferente — menor porte de mercado, com elenco mais compacto, porém tradicional e com presença forte no futebol argentino. ESPN.com+1 O clube costuma apostar em jogadores jovens e promessas locais, aliados a alguns veteranos que mantêm o equilíbrio em partidas de maior exigência. Essa configuração exige do treinador alternativas táticas rígidas e bom entrosamento para enfrentar times de maior investimento.

    Falando dos técnicos, o Flamengo conta com Filipe Luís (ex-lateral de seleção) como comandante nessa temporada. Ele trouxe consigo a cultura do clube, intimidade com o ambiente rubro-negro e uma intenção de equilibrar autoridade com crédito entre os jogadores — especialmente em um elenco tão variado. (Embora haja trocas técnicas pontuais, Filipe Luís é a referência técnica mais citada no período). Wikipédia+1

    Por seu turno, o Racing é comandado por Gustavo Adolfo Costas, técnico argentino experiente, com passagens marcantes pelo futebol local e responsável por entender bem o ecosistema da liga argentina. Transfermarkt+2Wikipédia+2 Costas costuma impor disciplina tática, adaptação à condição física da equipe e fidelidade ao plano de jogo. Isso pode tornar o jogo mais competitivo e menos previsível do que muitos imaginam.

    Em termos de estratégias, espera-se que o Flamengo tente impor seu jogo de transição, infiltrações pelas pontas e exploração dos talentos ofensivos. O Racing, por outro lado, deve apostar em uma defesa organizada, pressão nos momentos certos e aproveitamento de contra-ataques — especialmente explorando espaços deixados pelos laterais adversários.

    No aspecto físico e mental, enfrentar um clube argentino como o Racing requer atenção redobrada: rivalidade sud-americana, clima de clássico internacional e o desgaste de viagens e aclimatação devem estar previstos no planejamento rubro-negro. Cada detalhe de recuperação, acesso ao gramado e logística pode fazer diferença.

    Outra diferença sensível será a profundidade do elenco: o Flamengo pode fazer rotações sem perder nível, por contar com banco forte; por outro lado, o Racing tem menos margem de manobra, o que pode pesar de um lado ou de outro conforme o desgaste ou lesões surgirem durante a partida.

    Na preparação mental, é preciso foco absoluto: Flamengo deve evitar complacência, evitando subestimar o adversário argentino, que historicamente rende jogos aguerridos. Por outro lado, o Racing precisará manter a confiança e não se deixar intimidar pela força ofensiva e plateia adversária.

    O Flamengo parte com vantagens em poderio técnico, recursos e banco, mas precisará impor inteligência tática e evitar erros defensivos. Se Costas acertar o ponto de equilíbrio do Racing, teremos um duelo equilibrado – e emocionante. A preparação ideal passa por estudo estratégico do adversário, treino de variações ofensivas e defensivas e disposição para encarar um embate sul-americano que costuma reservar surpresas.

  • Libra: A Liga Que Pode Mudar o Futebol Brasileiro — e Por Que o Flamengo é o Pivô Dessa Revolução

    Libra: A Liga Que Pode Mudar o Futebol Brasileiro — e Por Que o Flamengo é o Pivô Dessa Revolução

    A Libra (Liga do Futebol Brasileiro) nasceu como a tentativa mais organizada até hoje de profissionalizar e modernizar a gestão do futebol nacional. Inspirada em modelos europeus como a Premier League inglesa e a LaLiga espanhola, a Libra foi criada oficialmente em 2022, reunindo clubes da Série A e B do Campeonato Brasileiro que buscavam maior autonomia na negociação de direitos de transmissão e no gerenciamento do calendário. A proposta central é simples: transformar o Brasileirão em um produto mais rentável e competitivo, deixando para trás a dependência da CBF.

    O embrião da Libra surgiu em meio ao caos administrativo e financeiro de clubes endividados, dívidas trabalhistas e receitas desiguais. Os primeiros passos começaram com conversas entre Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians — o chamado “G5” — interessados em um modelo de liga mais lucrativo e previsível. Logo depois, clubes como Grêmio, Bahia e Cruzeiro aderiram à ideia, buscando uma voz mais forte nas decisões comerciais.

    Na prática, a Libra funciona como uma associação privada entre clubes, que têm poder de voto proporcional e participam da elaboração de regulamentos, distribuição de receitas e estratégias de marketing. O principal ponto de divergência, desde o início, foi justamente o critério de divisão do dinheiro dos direitos de TV: quanto cada clube deveria receber e com base em quais indicadores — torcida, desempenho, ou audiência.

    Entre as regras básicas da Libra, está o compromisso de criar um conselho gestor, responsável por decisões estratégicas, além de um modelo de governança com transparência e auditorias independentes. Há também uma cláusula que prevê um teto para desigualdade: a diferença entre o clube que mais ganha e o que menos ganha não pode ultrapassar uma proporção predefinida (discutida entre 3,5:1 e 4,5:1). A ideia é garantir equilíbrio competitivo, sem matar o interesse esportivo.

    Uma curiosidade importante é que, mesmo com a Libra avançando, existe uma liga concorrente: a Liga Forte Futebol (LFF), que reúne clubes como Internacional, Fluminense, Athletico-PR e Ceará. A rivalidade entre as duas entidades mostra que, apesar do consenso sobre a necessidade de uma liga, ainda há profundas divergências sobre como o dinheiro e o poder devem ser distribuídos.

    O papel do Flamengo na Libra é central — e controverso. O clube carioca foi um dos primeiros a defender a criação da liga, mas também o principal motivo de resistência de outros clubes. O Flamengo reivindica uma fatia maior das receitas, argumentando que seu peso de marca, audiência e alcance internacional justificam uma remuneração proporcional. Seus dirigentes citam como exemplo o modelo inglês, em que clubes como Manchester United e Liverpool recebem mais pela exposição global.

    Essa postura dividiu o grupo: alguns clubes veem o Flamengo como locomotiva natural do futebol brasileiro, capaz de atrair investimentos e elevar o padrão do campeonato. Outros o enxergam como o “grande vilão”, tentando monopolizar receitas e enfraquecer o equilíbrio financeiro. A discussão não é nova — reflete décadas de centralização e favoritismo das grandes torcidas nas negociações comerciais do país.

    No campo político, o Flamengo atua como articulador de bastidores e defensor da meritocracia de mercado. O clube argumenta que a Libra precisa ser sustentável e competitiva internacionalmente, e não apenas igualitária. Essa visão empresarial é vista por muitos analistas como o ponto de ruptura entre o idealismo e a realidade financeira do futebol moderno.

    Ainda assim, a presença do Flamengo tem sido essencial para atrair patrocinadores e credibilidade institucional. Sem o clube mais popular e midiático do país, a Libra teria menos força comercial. É o típico paradoxo: o mesmo ator que gera tensões internas é também o que dá sustentação à iniciativa.

    Se a Libra prosperar, o Brasileirão poderá finalmente dar um salto de qualidade em gestão, transparência e rentabilidade. Mas enquanto Flamengo e os demais clubes não chegarem a um consenso sobre o modelo de divisão, a liga corre o risco de permanecer no papel — mais uma boa ideia emperrada por velhos vícios da cartolagem brasileira.

    Quais clubes fazem parte da Libra?

  • Ramon Abatti Abel: protagonismo indevido

    Ramon Abatti Abel: protagonismo indevido

    No último domingo (5 de outubro de 2025), São Paulo e Palmeiras protagonizaram mais um capítulo polêmico no Brasileirão — e, como sempre, o apito roubou os holofotes. Ao final, 3×2 para o Palmeiras, virada que garantiu a liderança ao Verdão. Mas o que ficou marcado não foi (apenas) o futebol, e sim os buracos gigantes no sistema de arbitragem que assustam quem acompanha a disputa pelo título. VEJA+2UOL+2

    Uma das jogadas mais contestadas foi um suposto pênalti em que Gonzalo Tapia, do São Paulo, teria sido derrubado por Allan antes de dominar a bola. O árbitro de campo, Ramon Abatti Abel, ignorou o lance e levantou os braços em ato de “nada marcado”. O VAR, Ilbert Estevam da Silva, sequer acionou a revisão, mesmo com imagens sugerindo contato. A comissão de arbitragem foi afastada para reciclagem imediatamente após o jogo. VEJA

    O São Paulo, por sua vez, reclamou também de uma possível expulsão: Andreas Pereira, do Palmeiras, cometeu falta dura em Marcos Antônio e levou apenas cartão amarelo, embora o Tricolor avalie que a infração deveria receber o vermelho. Andreas defendeu o juiz dizendo que a decisão foi correta, mas o debate segue aceso. ge+1

    É curioso que a CBF decidiu não divulgar os áudios do VAR para esse clássico — um recuo que alimenta teorias de “coisas a esconder”. A entidade afirma que só vai liberar quando há recomendação de revisão ao árbitro de campo — condição que, segundo ela, não foi atendida nesse jogo. A opacidade, portanto, favorece quem quer dispersar críticas. UOL

    Por causa dessas falhas claramente visíveis ao público, há vozes insistindo que São Paulo x Palmeiras precisa ser investigado. O comentarista Arnaldo Ribeiro já se manifestou nesse sentido, e o presidente do São Paulo, Julio Casares, cobra mudanças imediatas na CBF. Afinal, árbitros afastados para “reciclagem” não parecem solução à altura do prejuízo. UOL+2LANCE! Futebol e Esportes+2

    Mas por que tudo isso interessa ao Flamengo, que não esteve na partida? Simples: em um Brasileirão equilibrado, erros grosseiros em jogos entre terceiros podem afetar quem está “fora” dessa peleja direta. Se o São Paulo tivesse pontuado mais, por exemplo, poderia empurrar o Palmeiras para baixo ou fragilizar seu ritmo de conquista. Aliás, a liderança que o Verdão assume após essa rodada ajuda a manter a pressão sobre os rivais — inclusive o Flamengo.

    Imagine que o placar tivesse sido outro — ou que aquela expulsão tivesse sido marcada: o São Paulo poderia ter somado pontos que mudariam não só sua jornada, mas o panorama geral da briga pelo título. Quando o árbitro “erra” para favorecer um dos times em um clássico decisivo, os reflexos chegam longe. Para o Flamengo, isso significa que a doença da arbitragem desleal vira uma questão estrutural, não casos isolados.

    E pior: a revolta contra o apito tende a minar a legitimidade do campeonato inteiro. Se o torcedor pergunta “quem ganhou — o time ou o juiz?”, ele deixa de acreditar no meritocrático. Quando o Flamengo exige transparência, não é birra de rival: é defesa de um campeonato minimamente justo. E nesse clássico paulista, a arbitragem crossou a linha do aceitável.

    O Flamengo, em silêncio ou nos bastidores, também sofre. Cada rodada que permite “erros” desse tipo é uma aposta no acaso. Se o Verdão fecha a conta com um título, muitos vão alegar — e alguns terão razão — que foi mais por “força de apito” do que por superioridade técnica. Para clubes que dependem de regulamentos e justiça nos critérios, o caos arbitral é uma ameaça direta.

    É urgente que CBF, árbitros e STJD tomem medidas drásticas: divulgação aberta de áudios e câmeras do VAR em todos os lances, punições claras a juízes que vacilam em clássicos decisivos e, sobretudo, uma revolução cultural no futebol nacional. Se manter o apito como personagem central é manter o campeonato refém — e o Flamengo, entre outros, segue perdendo não só nos gramados, mas nas entrelinhas da injustiça.

  • Arbitragem no Brasil é falha e inconsistente

    Arbitragem no Brasil é falha e inconsistente

    No Brasil, o juiz não é apenas parte do jogo — muitas vezes ele é o protagonista. Ramon Abatti Abel é um protagonista. Quando o apito soa, a dúvida já começa: quem vai vencer, o time melhor preparado ou o que tiver mais sorte com a arbitragem? O futebol brasileiro virou um campo minado onde cada falta, cada pênalti e cada impedimento parecem depender mais do “feeling” do árbitro do que da regra.

    O VAR, que prometia ser o “salvador da justiça esportiva”, virou um novo vilão. Lento, confuso e seletivo, ele mais gera revolta do que esclarece. Tem hora que parece um oráculo: aparece quando quer, interpreta como quer, e desaparece quando o lance é contra um clube grande.

    A incoerência virou rotina. Um pisão igual é vermelho em um jogo e amarelo no outro. Um toque de mão é pênalti para o visitante, mas ignorado quando é o mandante favorito da rodada. E quando o juiz é chamado ao monitor, já se sabe: a chance de ele manter a decisão inicial é quase zero. É o teatro do convencimento em rede nacional.

    O problema não é falta de tecnologia, é falta de coragem. A arbitragem brasileira é refém de pressões políticas e midiáticas. Juízes são escalados com medo de errar contra quem manda no futebol. E, convenhamos, há clubes que parecem ter crédito ilimitado no VAR Bank.

    Enquanto isso, os torcedores vivem de raiva e desconfiança. Nenhum resultado é aceito sem debate sobre o apito. A paixão pelo jogo foi substituída por discussões de frame congelado e linhas traçadas tortas. A credibilidade se esvai a cada rodada.

    A CBF tenta maquiar o caos com discursos técnicos, mas a verdade é que falta profissionalismo. Árbitro no Brasil ganha pouco, treina mal e sofre mais pressão que um goleiro em final de Libertadores. O sistema é amador, e o resultado está à vista.

    Clubes já pedem arbitragem estrangeira em finais. E não é exagero: quando os times confiam mais num juiz argentino do que num brasileiro, é sinal de falência moral do nosso apito. E o torcedor sabe disso, mesmo sem entender todas as regras.

    É curioso ver dirigentes que ontem reclamavam da arbitragem hoje se calarem quando o erro os beneficia. A hipocrisia é generalizada. No futebol brasileiro, o discurso muda de acordo com o lado da decisão.

    O que deveria ser uma exceção virou parte da estratégia. Técnico que reclama do juiz em coletiva está, na verdade, preparando o terreno para o próximo jogo. É o velho jogo fora das quatro linhas, onde o apito é uma arma tática.

    O futebol brasileiro precisa de um choque de credibilidade. Arbitragem profissional, punições exemplares e transparência total no VAR. Mas enquanto o apito continuar sendo mais influente que o craque, o torcedor seguirá perguntando: quem ganhou o jogo — o time ou o juiz?