Em La Plata, o Flamengo perdeu no tempo normal, mas carimbou a vaga na semifinal da Libertadores nos pênaltis. A diferença na marca da cal? O goleiro Rossi, que pegou duas cobranças e saiu de herói depois de uma noite tensa. ge+1
O Estudiantes empurrou, igualou a série e até balançou a rede de novo — lance depois anulado por impedimento no VAR — obrigando o Fla a conviver com o sufoco até a decisão final. No mano a mano, o time foi eficiente nas batidas; do outro lado, Rossi fez exatamente o que a Nação esperava: decidiu. ge+1
A narrativa do jogo ganhou drama extra porque o próprio Rossi vinha de um momento de frustração por um erro durante a partida. Ele mesmo admitiu: “goleiro é assim”, e tratou as defesas nos pênaltis como “remédio” — um giro emocional típico da posição, que vive no fio da navalha. ge
Tecnicamente, Rossi mostrou leitura de pé de apoio e timing de explosão. Em pelo menos duas cobranças, esperou o contato na bola para escolher o canto, usando braços longos e passada curta pra não queimar a linha. Esse pacote é marca registrada desde os tempos de Boca Juniors e reapareceu com força no Flamengo. ge+1
Vale sublinhar o contexto: o Estudiantes vinha de um mata-mata muito competitivo e pressionou a saída rubro-negra. A comissão de Filipe Luís precisou mexer pesado e o time terminou a etapa final sobrevivendo aos cruzamentos e às bolas paradas até “levar a decisão” para a marca da cal. Aí, a hierarquia pesou. Diario AS
Sobre as batidas do Flamengo: frieza e execução limpa. Quando o seu goleiro entrega duas defesas, a estatística fica do seu lado. A combinação de ataque ao ângulo e contato firme na bola dá pouca chance pro arqueiro adversário — e o Fla entendeu isso muito bem na série. ge
Quem é Agustín Rossi? Argentino, 1,93m, formado no país, ele virou referência de “penalty killer” no Boca antes de fechar com o Flamengo em 2023, contrato até 2027. Perfil: goleiro de envergadura, bom nas reações curtas e confortável sob pressão — exatamente o cenário de La Plata. Transfermarkt
Um detalhe curioso da trajetória: antes de se firmar debaixo das traves, Rossi chegou a ser testado como atacante na base. A história ajuda a explicar a leitura que ele tem do batedor: entender o corpo de quem finaliza não é pouca coisa quando cada gesto vale uma classificação. ESPN.com
O roteiro da eliminatória ainda teve doses de polêmica no Maracanã (ida), com expulsão e debate quente de arbitragem, o que só aumentou a pressão para a volta. Em Buenos Aires, o Flamengo precisou de maturidade para atravessar a tempestade e chegar vivo aos pênaltis — onde tinha sua vantagem competitiva no gol. Diario AS
No fim, a semifinal vem com lições claras: controle emocional, bola parada mais protegida e, sobretudo, confiança no seu especialista. Quando a série vai pra loteria, o Fla sabe que tem um bilhete premiado debaixo das traves. Rossi lembrou por que goleiros decidem torneios — e por que pênaltis não são apenas sorte.


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